sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sarah

Saí de casa tarde, e sem tomar café. Existem dias estranhos em que queremos fazer as coisas de modo totalmente diferente do que deveriam ser feitas, e nos deparamos com coisas ou pessoas que não imaginaríamos encontrar
Passei pelo parque da cidade, e fui dirigir para algum lugar que me fizesse pensar um pouco, não que fizesse diferença, mas mesmo assim eu queria tentar.
Saí da cidade, passando em meio a um corredor de árvores quase que infinito, e muita umidade, pois naquela época do ano chovia muito. Percebi que desde que eu havia saído da área da cidade, alguém me fizera companhia de longe. Alguém estava me seguindo, e eu precisava saber o motivo. Pisei fundo no acelerador, e segui como se estivesse fugindo, e como era de se esperar, o outro carro fizera o mesmo para não me perder de vista.
Eu não costumo ter humor prolongado e aquilo já estava me enchendo o saco. Estávamos a 10 km da cidade e eu ainda não havia percebido o motivo da perseguição sem ação, então parei o meu maverick no acostamento, fui até o porta-malas e de lá saquei minha espingarda. Andei em direção ao outro carro, enquanto ele se aproximava lentamente, mas ao perceber que eu estava armado, saiu em disparada, e passou por mim fritando pneus.
Agora a perseguição havia mudado, e ironicamente eu estava perseguindo. – Na verdade as coisas deveriam sempre funcionar assim.

CONTINUA...

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